delirio vital

delira-te a vida
arde em paixões febris
inspira sentimentos
traga dor
sopra zelo
embebeda-se de prazer
sorve-se em medo

como queres calma
se teu chão é o céu?
como queres certezas
se vives de sonhos?
como queres estabilidade
se o mundo gira?

a realidade é meu sono
acordo refugiada
no fundo só tenho a ti
só tenho a ti, espelho
as silhuetas namoram
eu sou amante da vida
vou entre os arbustos
colho flores

procuro-te
felicidade aonde estás?
felicidade aonde estás?
felicidade aonde estás?
escuto o eco pelo mundo

Meu coração se espalhou pelo meu sangue e ocupou todo meu corpo, como um andarilho que carrega na mochila todas as culturas do mundo.

4 comentários:

Débora Gomes disse...

tão bonito!
que eu fiquei sem saber o que dizer...
mas eu precisava escrever que os sentimentos aparentemente tão fortes transbordaram e se transformaram em palavras...

não pequena... você não surtou.
você só transformou o dia em poesia...
=)

Marcos disse...

Putz ..já o meu preferidode muitos...haha
Esse ultimo verso já estou usando com meu aforismo...roubei mesmo!!! quero ele pra mim
"Meu coração se espalhou pelo meu sangue e ocupou todo meu corpo, como um andarilho que carrega na mochila todas as culturas do mundo."

Samarone Barcellos disse...

=] Natinha, vejo que vc tem um fã. Mto bonito o poema minha amiga, muito bonito.

G.C disse...

as duas últimas linhas são como sentenças que explicam o resto do texto... é pelo coração que a gente faz as escolhas mais sinceras, fico feliz que ele tenha tomado parte do resto do seu corpo.

me lembrou Clarice!

beijo

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