- Mãe quero voltar para seu útero.
Fiquei trépida.
- Filha não tem como você voltar para meu útero.
Então ela se encolheu no canto da sala em posição fetal.
O frio cerrava os meus dentes e paralasiva minhas articulações.
- Vem mamãe deite comigo.
Um sangue começa a jorrar de seu corpo e me aquecer.
- Mãe, quando eu morrer deite - me na chuva embaixo daquele escorregador do parque que eu tanto gosto.
Palidamente ela foi se tornando apenas um traçado.
- Mãe, nunca me diga adeus, nunca.
Ela se desfez entre meus braços.
- Você nunca vai partir filha.
Naquele instante, sua morte se tornou o cordão umbilical que nos liga.
Fiquei trépida.
- Filha não tem como você voltar para meu útero.
Então ela se encolheu no canto da sala em posição fetal.
O frio cerrava os meus dentes e paralasiva minhas articulações.
- Vem mamãe deite comigo.
Um sangue começa a jorrar de seu corpo e me aquecer.
- Mãe, quando eu morrer deite - me na chuva embaixo daquele escorregador do parque que eu tanto gosto.
Palidamente ela foi se tornando apenas um traçado.
- Mãe, nunca me diga adeus, nunca.
Ela se desfez entre meus braços.
- Você nunca vai partir filha.
Naquele instante, sua morte se tornou o cordão umbilical que nos liga.
2 comentários:
a ligação maternal é sempre uma coisa forte quase mistica.
Talvez seja no colo ou utero de mãe que esconde a nossa mais intima proteção...belo conto meio triste tambem
Achei o seu texto muiiiito imagético. às vezes, todos nós gostaríamos de ser parte materna uma outra vez. deixar-se partir é uma escolha.
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