O que? Amor? hã? Eu estava há alguns passos, eu sempre estou a alguns passos. Vou lá, assim que eu soltar essa âncora que me prende no chão. Eu mando minhas pernas caminharem, mas elas insistem em me desobedecer, fico lá brincando de estátua. Até que o destino me obriga a caminhar e pareço estar sendo empurrada por alguém. De repente, o mundo me parece... xadrez. Xadrez? É. Estranhamente estranho. E depois pareço querer sumir. Fugir? É, só fugir. Quem? Eu? Uai, fui só ali, é que esqueci de voltar. Vai para onde agora? Vou dançar quadrilha, de boa.
Quadrilha.
Quadrilha.
Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Sempre gostei desse poeminha. Sempre gostei de quadrilha, literalmente. =]
3 comentários:
Então no final das contas oq vale é não amar ngm q aí vc casa? Brincadeira. Xadrez, onde cada peça tem seus movimentos definidos, mas q cada um pode andar pra onde quiser. Melhor ser a Rainha.
sei lá, as cosias que escreve sempre me parece historias familiares.
o uso do xadrez foi um otima escolha, afinal.. não combina com tudo, o que diretamente nós leva a entender o poema de Drummond...
que no final nem tudo é o que agente pensa.
BjO
A adorei o texto de introdução, xadrez, que dá uma visão de tudo
e pra completar o texto do mestre
que lembra minha infância na escola ;D
beijos
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