O suor da minha alma embaça as várias faces de mim.
Espelhos refletem o vazio da minha insônia solitária.
Era o entrelaço de nossas ternuras que eu procurava naquela nudez.
Os livros não escrevem a chuva ácida da mulher que chora naquela poltrona escura.
O quadro nem chega perto de pintar o velho cheio de dentes na boca.
A luz corta a minha carne e corroe os meus ossos.
Os arbustos inspiram minhas viceras mortas.
Eu encontro o passado cheio de roupas.
Meus ombros negam-se a usar vestimentas.
Os meus olhos traduzem o assasinato de minha dor.
Meus braços setenciam o fim do meu calor.
Arranco o espelho e me torno parte dele.
Qualquer aproximação reflete o que me trouxeres.
Não me espere para o jantar.
Tem 14 passos querendo sair de dentro de mim.
Enquanto os pássaros procuram a janela dos meus pulmões,
minhas traqueias gritam o recomeço.
. despedida . ou o tempo das pausas .
Há 2 anos